O que é o DREX e por que será lançado em 2026?
O DREX (Digital Real X) é a futura moeda digital do Banco Central do Brasil (BCB). Classificada como uma CBDC — Central Bank Digital Currency, ela representa o real em formato totalmente eletrônico, com o mesmo valor da moeda física (1 DREX = R$ 1).
Diferente das criptomoedas, o DREX é centralizado, lastreado pelo governo e controlado por um sistema digital seguro hospedado no Banco Central. Seu objetivo é modernizar o sistema financeiro, permitir pagamentos instantâneos, contratos inteligentes e tokenização de ativos.
O BCB confirmou o lançamento oficial para 2026, com implementação gradual. Na primeira fase, o uso será restrito a instituições financeiras, expandindo-se posteriormente ao público.

Linha do tempo do DREX
Ano | Etapa | Descrição |
---|---|---|
2021 | Diretrizes iniciais | Banco Central define princípios da moeda digital. |
2023 | Projeto-piloto | Testes com bancos e fintechs. |
2025 | Testes de privacidade e liquidação | Ajustes técnicos de segurança. |
2026 | Lançamento oficial | Primeira versão pública, ainda controlada por intermediários. |
Diferença entre DREX, Pix e Criptomoedas
Sistema | Emissor | Controle | Tecnologia | Finalidade |
---|---|---|---|---|
Pix | Banco Central do Brasil | Centralizado | Infraestrutura bancária tradicional | Pagamentos instantâneos |
Criptomoedas | Comunidades descentralizadas | Sem controle estatal | Blockchain pública | Autonomia financeira |
DREX (CBDC) | Banco Central do Brasil | Totalmente controlado | Blockchain privada (permissionada) | Digitalização oficial do real |
O Pix é apenas um método de pagamento, enquanto o DREX é uma nova forma de dinheiro, digital, rastreável e programável — uma evolução estrutural do sistema monetário.
O que são CBDCs e por que o mundo inteiro está adotando-as?

As CBDCs (Central Bank Digital Currencies) são moedas digitais oficiais emitidas por bancos centrais. Mais de 130 países já pesquisam ou testam suas próprias versões — incluindo EUA, China, União Europeia e Japão.
Motivações globais
- Reduzir dependência de criptomoedas privadas.
- Aumentar eficiência em pagamentos e liquidações.
- Combater fraudes e lavagem de dinheiro.
- Incluir financeiramente pessoas sem conta bancária.
- Integrar sistemas globais em uma rede digital interoperável.
💬 O Banco de Compensações Internacionais (BIS) prevê que o sistema financeiro global de 2030 será quase totalmente digitalizado via CBDCs — e o Brasil será um dos pioneiros.
O governo poderá controlar suas finanças a partir dos CBDCs?
Sim — e esse é o ponto de maior debate.
Os CBDCs são 100 % rastreáveis, o que significa que cada transação é registrada e pode ser analisada em tempo real.
Formas de controle possíveis
- Programabilidade do dinheiro — o governo pode definir onde, quando e como o dinheiro é usado.
- Bloqueio automático de valores suspeitos.
- Tributação instantânea sem intermediação humana.
- Rastreamento total de circulação de moeda.
- Geolocalização financeira — limitar uso a regiões ou atividades específicas.
O Banco Central garante que o DREX obedecerá à LGPD e manterá sigilo bancário, mas especialistas alertam:
“Se mal regulamentadas, as CBDCs podem se tornar a ferramenta de vigilância financeira mais poderosa já criada.” — Economista Paulo Campos, 2025.
Boatos, mitos e verdades sobre o DREX
Afirmação | Veredito | Explicação |
---|---|---|
“O DREX vai substituir o real físico.” | ❌ Mito | O real impresso continuará circulando. |
“Todas as transações serão rastreadas.” | ✅ Verdade | O sistema digital é auditável e centralizado. |
“O DREX é uma criptomoeda.” | ❌ Mito | Ele é controlado pelo governo, sem mineração. |
“O governo poderá congelar saldos.” | ⚠️ Parcial | Tecnicamente possível, dependendo das leis e regras futuras. |
“As CBDCs são o primeiro passo para uma moeda única global.” | 🔎 Em discussão | Há projetos de interoperabilidade internacional, mas não uma moeda única. |
O DREX e o controle digital global
O DREX é parte de uma tendência mundial que visa criar um sistema financeiro interligado e totalmente digital.
Com isso, cresce a preocupação sobre centralização de poder, vigilância estatal e dependência tecnológica.
Em fóruns como o Fórum Econômico Mundial (WEF) e o Banco Mundial, discute-se a criação de infraestruturas comuns para CBDCs — o que poderia facilitar integrações internacionais e, futuramente, um sistema monetário global conectado.
“O dinheiro digital é o último elo da transformação 4.0: energia, dados e valor sob um mesmo código.” — Relatório BIS 2025.
DREX e as profecias bíblicas: coincidência ou prenúncio?
Muitos leitores relacionam os CBDCs à profecia de Apocalipse 13:16-17, que menciona:
“E faz que a todos, pequenos e grandes, ricos e pobres, livres e servos, lhes seja posto um sinal […] para que ninguém possa comprar nem vender, senão aquele que tiver o sinal.”
Reflexão moderna
- A profecia fala sobre restrição total de transações comerciais.
- Os CBDCs, se usados para controle, tecnicamente poderiam permitir isso.
- O avanço simultâneo de identidades digitais, chips biométricos e moedas programáveis reforça o debate ético e espiritual.
- Não há, contudo, qualquer prova de relação religiosa ou conspiratória direta entre o DREX e profecias bíblicas.
💡 A tecnologia é neutra — o risco está no uso concentrado do poder digital sem limites éticos nem liberdade individual.
📖Reflexão além da tecnologia
Em tempos de avanços digitais e discussões sobre moedas controladas por IA e governos, cresce também o interesse em compreender como antigas profecias bíblicas se relacionam com o mundo moderno. Explore uma perspectiva espiritual sobre o futuro da humanidade no Código da Bíblia.
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Impactos práticos do DREX na economia e no dia a dia
- Pagamentos automáticos e instantâneos, sem TED ou DOC.
- Empréstimos e garantias via blockchain, com menos burocracia.
- Tokenização de ativos reais (carros, imóveis, títulos).
- Integração com sistemas internacionais, reduzindo custos cambiais.
- Maior rastreabilidade, dificultando crimes financeiros — mas levantando alertas de privacidade.
Checklist de preparação para o DREX
- Atualize-se sobre como funcionam CBDCs e carteiras digitais.
- Cuidado com golpes e falsas “carteiras DREX”.
- Mantenha-se informado sobre a regulamentação do Banco Central.
- Exija transparência sobre o uso dos seus dados.
- Estude educação financeira digital — o novo dinheiro é programável.
FAQ — Perguntas rápidas sobre o DREX
O DREX vai acabar com o dinheiro físico?
Não. Ele complementa o real físico, ao menos nas próximas décadas.
O DREX é igual ao Bitcoin?
Não. O Bitcoin é descentralizado e privado; o DREX é estatal e centralizado.
O governo pode ver meu saldo?
Sim, indiretamente. Como toda CBDC, ele é rastreável via intermediários.
E se o sistema for usado para controlar cidadãos?
Isso dependerá das leis e salvaguardas criadas. É essencial exigir limites e auditorias públicas.
As profecias da Bíblia têm relação com isso?
Muitos veem paralelos simbólicos, mas o DREX é, oficialmente, um instrumento econômico.
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Conclusão
O DREX é o ponto de convergência entre economia, tecnologia e poder.
Ele promete um sistema mais ágil, transparente e moderno, mas também inaugura uma era em que a liberdade financeira e a privacidade serão temas centrais.
O desafio não é apenas tecnológico — é ético, social e humano.
Compreender o DREX e os CBDCs é entender o futuro do dinheiro e o papel que cada cidadão terá em um mundo onde “o valor” deixa de ser impresso e passa a ser codificado.

Eduardo Barros é editor-chefe do Tecmaker, Pós-Graduado em Cultura Maker e Mestre em Tecnologias Educacionais. Com experiência de mais de 10 anos no setor, sua análise foca em desmistificar inovações e fornecer avaliações técnicas e projetos práticos com base na credibilidade acadêmica.